
MEI ou Simples Nacional? Entenda qual regime tributário vale mais a pena
MEI x Simples Nacional: qual vale mais a pena?
Escolher entre MEI e Simples Nacional pode parecer simples (sem trocadilhos), mas essa decisão tem impacto direto nos seus impostos, obrigações e no futuro da sua empresa. Se você está em dúvida sobre qual modelo escolher, ou se já é MEI e pensa em migrar, este artigo vai te ajudar a tomar a decisão mais inteligente para o seu bolso e para o crescimento do seu negócio.
O que é MEI?
O MEI (Microempreendedor Individual) é o modelo mais simplificado de formalização de empresa no Brasil. Criado para incentivar pequenos empreendedores a saírem da informalidade, o MEI tem vantagens como:
Limite de faturamento anual de R$ 81.000
Pagamento fixo mensal (DAS entre R$ 67 e R$ 76)
Isenção de tributos federais como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins
Inclusão no INSS com benefícios previdenciários
Por outro lado, também possui limitações:
Apenas um funcionário permitido
Não pode ter sociedade
Lista restrita de atividades permitidas
Não pode emitir notas para todas as categorias (como prefeituras em alguns casos)
O que é o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário unificado, voltado para micro e pequenas empresas, com regras mais amplas e alíquotas progressivas conforme o faturamento:
Faturamento anual de até R$ 4,8 milhões
Alíquotas de 4% a 33%, dependendo do anexo e faixa de receita
Abrange uma gama muito maior de atividades
Permite contratar mais funcionários
Pode ter mais de um sócio
Obrigatoriedade de contador e escrituração contábil
Comparativo direto: MEI vs. Simples Nacional
Limite de faturamento:
MEI: até R$ 81 mil por ano (média de R$ 6.750 por mês)
Simples Nacional: até R$ 4,8 milhões por ano
Tributos mensais:
MEI: valor fixo entre R$ 67 e R$ 76 (dependendo da atividade)
Simples Nacional: valor variável, de acordo com a receita e o anexo tributário
Contratação de funcionários:
MEI: permite apenas 1 funcionário registrado
Simples Nacional: permite vários colaboradores, conforme regras da CLT
Obrigatoriedade de contador:
MEI: não é obrigatório, mas é recomendado em alguns casos
Simples Nacional: é obrigatório manter contador e escrituração contábil
Atividades permitidas:
MEI: restritas a uma lista oficial (algumas profissões não podem aderir)
Simples Nacional: abrange uma lista muito mais ampla de atividades econômicas
Sociedade:
MEI: não permite sócios
Simples Nacional: permite sociedade com um ou mais sócios
Alíquotas:
MEI: alíquota fixa e reduzida
Simples Nacional: alíquotas progressivas, variando entre 4% e 33%, conforme o faturamento e o tipo de atividade
Quando o MEI é mais vantajoso?
Negócios em estágio inicial com faturamento até R$ 6.750/mês
Atividades que constam na lista do MEI
Profissionais que atuam sozinhos ou com apenas 1 colaborador
Quem busca o mínimo de burocracia
Quando o Simples Nacional vale mais a pena?
Faturamento superior a R$ 81 mil anuais
Necessidade de contratar mais funcionários
Empresas com mais de um sócio
Profissionais que não estão na lista de atividades do MEI
Negócios que precisam emitir notas fiscais para prefeituras, empresas maiores ou em grande volume
Cuidado com o estouro do limite do MEI
Se você fatura mais que R$ 81 mil por ano e continua como MEI, pode ser obrigado a:
Migrar automaticamente para Microempresa (ME)
Pagar multa por ultrapassar o limite
Recolher tributos retroativos
Por isso, é fundamental fazer o planejamento tributário com acompanhamento contábil.
Como a Contábil RH pode te ajudar?
Na Contábil RH, analisamos o seu perfil, atividade, previsão de faturamento e estrutura de empresa para recomendar a melhor opção de enquadramento tributário:
Análise de viabilidade do MEI
Simulação de carga tributária no Simples
Regularização e abertura de empresa
Migração segura de MEI para ME
Suporte mensal completo contábil e fiscal
Conclusão: qual vale mais a pena?
Depende. Para quem está começando pequeno e dentro das regras do MEI, ele é extremamente vantajoso. Mas se o seu negócio está crescendo ou possui mais complexidade, o Simples Nacional garante mais estrutura e possibilidades.
A melhor escolha é sempre aquela feita com base em análise contábil real.